Filtragem
É
muito importante não apenas colocarmos uma boa água no aquário, mas
mantê-la.Para isso faz-se necessário o uso da filtragem.
Existem diversa formas de efetuarmos a filtragem da água: mecânica, onde uma
manta de perlon serve para retirar os sedimentos mais grossos da água;
química, realizada por carvão ativado ou carvão vegetal e biológica,
realizada por bactérias que vivem no cascalho do fundo, as quais reciclam os
detritos, transformando-os em fertilizante para as plantas. Um bom filtro reúne
essas 3 características, mantendo a água pura, cristalina e sem cheiro.O
volume de água que passa por hora no filtro deve ser de 3 a 5 vezes o volume do
aquário, assim, um aquário de 200 litros com uma filtragem de 650 l/h até
1.000 l/h ficará bem estruturado. Veja a seguir os diferentes tipos de filtros
existentes.
Filtro biológico de fundo (FBF): consiste de um sistema de placas perfuradas e
tubos ligados a uma bomba submersa ou pedra porosa, para que a água seja sugada
através do cascalho de fundo. Aqui as opiniões se dividem: tem gente que não
coloca FBF pelo fato de que a água ao circular entre o cascalho leva também os
sedimentos, fazendo com que o filtro vá perdendo sua eficácia lentamente e
então seja necessário desmontar completamente o aquário para lavar o cascalho
então montar tudo de novo. Eu sou a favor do uso do FBF, porém com bombas
submersas de baixa capacidade (90 l/h para um aquário de 200 litros) porque
assim vai demorar cerca de 2 anos para que haja a saturação. Já montei
aquários com e sem FBF e percebi que seu uso melhora o crescimento das plantas.
Você decide.....
Filtro externo tipo canister: consiste de uma unidade independente, as vezes
com bomba própria que faz a filtragem biológica e também a mecânica e
química.
Filtro externo wet-dry (seco/molhado): parecido com o anterior só que a água
atravessa uma camada de bio-balls (onde as bactérias se desenvolvem) que ficam
apenas molhads e não submersas e volta a cair no aquário.
Filtro externo selado: como o próprio nome já diz é uma unidade selada,
puxando a água através de uma mangueira, filtrando-a e devolvendo-a para o
aquário através de outra, é motorizado.
Filtro fluidizado: é a reprodução do processo que ocorre na natureza, onde a
água que alimenta alguns riachos brota de nascentes no fundo. Consiste de um
tubo onde uma bomba força a água do aquário até o fundo e a faz atravessar
uma camada de areia de sílica, para então ser devolvida ao aquário, necessita
de um pré filtro mecânico para funcionar adequadamente.
Filtro
interno: é adequado apenas para aquários pequenos, devido à suas dimensões e
pouca eficiência.
Infelizmente, todos os filtros externos bons com os quais eu tive contato são importados...
WDF 3000 da Second Nature – esse filtro tem um pad que retira a sujeira mais grossa da água, um local para colocar carvão ativado, e uma esponja aonde se alojam as bactérias do filtro biológico. O sistema funciona bastante bem e o filtro movimenta muito pouco a água, sendo muito bom para aquários com espécies que gostam de águas pouco movimentadas, como acarás disco.
Penguin BioWheel – esse filtro é feito em vários tamanhos e conjuga também os 3 sistemas de filtragem: mecânica, química e biológica. A parte biológica é feita por uma roda que fica girando na saída de água do filtro, como um moinho, e que tem a superfície propensa para a fixação de bactérias.
Fluval – esse é um dos modelos de filtro canister. A biologia nesse filtro é feita numa esponja, e o filtro tem vários outros compartimentos aonde pode-se colocar elementos filtrantes, como carvão ativado, cerâmica, peat, etc. Eu uso esse filtro num aquário de plantas, mas já reparei que a biologia demora mais que nos outros para se formar nesse sistema.
Filtro externo caseiro: aqui eu ensino a fazer um modelo externo, usando um
aquário de pequenas dimensões e aqui a fazer um filtro externo selado.
Consulte também a seção: Construa você mesmo seus equipamentos para outras
dicas de montagens caseiras, bem mais baratas que as comerciais e igualmente
eficientes.